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REFLEXÕES SOBRE A VELHICE

A velhice é mais percebida pelos outros do que pelo próprio sujeito que envelhece. O velho sempre é o outro. A imagem do espelho não corresponde mais a imagem da memória e não faz mais que confirmar nossa velhice. Então aparece o susto, a estranheza, como se a imagem fosse de outro. Há um reconhecimento do sujeito e não da imagem. Ali vem a tão conhecida frase: – esse não sou eu –

A representação de seu próprio rosto ficou perdida, e em alguns casos, para sempre, como acontece na demência. É como se essa transformação aparecesse de repente. Parece existir a maioria das vezes um fator desencadeante como uma perda, uma doença ou um fator que vem de fora, proveniente do social e que nos nomeia de “velhos”. A agressividade voltada contra si próprio, pode levar ao sujeito a uma simples depressão ou até a um quadro de demência.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A EUTANÁSIA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEM LIDA COM A VIDA HUMANA, UTILIZA A MENTE, MAS CONVIVE SOBRETUDO COM A EMOÇÃO
(Renato Lima Charnaux Sertã)

Atualmente, devido às novas tecnologias na área da saúde, nos deparamos com uma expectativa de vida maior e como resultante com uma maior longevidade. É muito angustiante, algumas vezes, quando nos defrontamos com técnicas médicas que prolongam a vida além dos limites conhecidos ou não levam em conta a autonomia do paciente e da sua família. Torna-se obrigatório que o médico, estabeleça um diálogo com as pessoas envolvidas com a doença (familiares ou responsáveis) e informe as vantagens e desvantagens dos possíveis tratamentos, proposta que deverá estar sempre aliada a uma melhor qualidade de vida.

EUTANASIA

Eutanásia consiste na conduta de abreviar a vida de um paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos.

A ideia base da prática da eutanásia é que todo o indivíduo tem o direito a pôr fim à sua vida, caso esteja enfrentando alguma das situações descritas anteriormente.

Etimologicamente, este termo se originou a partir do grego eu + thanatos que pode ser traduzido como “boa morte” ou “morte sem dor”.

A eutanásia é um tema polêmico. Existem países com uma legislação definida especificamente sobre a sua prática, enquanto que outros a refutam categoricamente por diversos motivos, principalmente religiosos e culturais.

De modo geral, a eutanásia implica numa morte suave e indolor, evitando o prolongamento do sofrimento do paciente. Mas, por outro lado, a eutanásia também pode ser interpretada como o ato de matar uma pessoa ou ajuda-la a cometer o seu suicídio. O motivo de polêmica consiste justamente no confronto entre essas duas constatações.

A eutanásia pode ocorrer por vários motivos: vontade do doente; porque os doentes representam uma ameaça para a sociedade (eutanásia eugênica); ou porque o tratamento da doença implica numa grande despesa financeira para a família, que por sua vez não tem condições de arca-la (eutanásia econômica).

Apesar de algumas culturas aceitarem a eutanásia, a maior parte não admite essa atividade. Alguns códigos penais consideram a eutanásia como uma forma de homicídio, mas em alguns países como a Bélgica, Holanda e Suíça, esta é tida como uma prática legal.

Existem vários argumentos a favor e contra a eutanásia, sendo que os defensores alegam principalmente que cada indivíduo deve ter direito a escolha entre viver ou morrer com dignidade, quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade é de tal forma grave que não compensa permanecer em sofrimento até que a inevitável morte chegue.

Por outro lado, quem condena a eutanásia utiliza frequentemente o argumento religioso de que somente Deus (o “Criador do Universo”) teria o direito de dar ou tirar a vida de alguém e, portanto, o médico não deve interferir neste “processo sagrado”.

TIPOS DE EUTANÁSIA

Eutanásia ativa e eutanásia passiva

Existem duas formas de prática da eutanásia: ativa e passiva.

A eutanásia ativa acontece quando se apela a recursos que podem findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em dose excessiva e etc.).

Na eutanásia passiva, a morte do doente ocorre por falta de recursos necessários para manutenção das suas funções vitais (falta de água, alimentos, fármacos ou cuidados médicos).

Ortotanásia e Distanásia

Ortotanásia consiste no ato de parar com atividades ou tratamentos que prolongam a vida de forma artificial. Entendemos, então, por ortotanásia à abstenção, supressão ou limitação de todo tratamento fútil e desproporcionado diante de uma morte iminente. Isto acontece em casos que uma pessoa se encontra em coma ou estado vegetativo, não havendo tendência para que recupere. É uma forma de eutanásia passiva. A ortotanásia é contemplada por muitos como uma morte que ocorre de forma mais natural.

 A distanásia é vista como o contrário da eutanásia, e remete para o ato de prolongar ao máximo a vida de uma pessoa que tem uma doença incurável. Frequentemente a distanásia implica numa morte lenta e sofrida.

TESTAMENTO VITAL

Hoje são reconhecidos em vários países os chamados testamentos de vida ou testamento vital, onde a pessoa quando ainda lúcida pode dispor antecipadamente sobre a recusa de terapias de suporte para continuar vivendo, caso se encontre em situação de doença de extrema gravidade.

 (Proximamente, falarei sobre Testamento Vital)

DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE
 

As Diretivas Antecipadas de Vontade (D.A.V) nos conduzem a uma análise reflexiva, sobre a tomada de decisão médica em pacientes portadores de demência ou doenças terminais, levando em conta as novas tendências de vida fútil em casos de irreversibilidade.

A sociedade ocidental tem a tendência a evitar falar sobre a morte que, na verdade é uma das poucas certezas que se tem na vida.

Um ponto importante é a falta de legislação sobre o assunto. Alguns apontam que, essa suposta proteção da autonomia está sujeita às incertezas que surgem na maioria das situações clínicas.

As D.A.V são determinadas levando-se em consideração uma reconstrução imaginária de como seria a vida em uma condição antes nunca experimentada. Não se pode negar a possibilidade de haver mudanças quando, de fato, se vivencia a situação.

Alguns autores preconizam que seja feita uma revisão regular no documento. E outros acham que a existência de um documento formalizando a negação expressa do paciente a determinados tratamentos de suporte poderia incorrer no grave risco de má interpretação por parte da equipe de cuidados de saúde, podendo eles se sentir livre da carga de ter de se preocupar com o paciente, diminuindo assim a responsabilidade dos profissionais.

 Poderia existir, então, o risco de interrupção precoce de tratamento ou mesmo da análise de um contexto clínico, ante a proibição, de antemão, de modalidades terapêuticas de suporte.

O envelhecimento populacional traz consigo grandes desafios. Como preparar uma sociedade para acompanhar, cuidar e preservar a autonomia de um número tão elevado de pessoas idosas?

Desperta um sentimento de desconforto por parte da equipe médica, com relação ao acompanhamento de idosos portadores de demência ou de doenças terminais, quando aqueles não tiveram a possibilidade de levantar questões sobre morte e fim de vida previamente ao diagnóstico.

O questionamento sobre a possibilidade do cuidado ético voltado à preservação da autonomia do paciente torna-se imperioso.

Trata-se da preservação da dignidade humana como principal norteador.

As Diretivas Antecipadas de Vontade é um documento que deve ser escrito por uma pessoa no pleno exercício das suas capacidades, com a finalidade de manifestar previamente sua vontade, acerca de possíveis tratamentos a que deseja ou não ser submetida quando estiver impossibilitada de decidir, diante de uma situação de terminalidade.

Assim, é introduzida na área dos cuidados médicos, quando estamos numa situação sem possibilidade de cura, a oferta de CUIDADOS PALIATIVOS. Trata-se de uma proposta de abordagem integral à pessoa, necessidades físicas, psíquicas e espirituais.

Com eles, resgatamos, pelo menos em nível de visão, a perspectiva de dignidade também no processo de morrer.

Existem, como já foi dito algumas críticas, com relação à limitação das D.A.V como por exemplo: o tabu da morte e a dificuldade de diálogo sobre o tema, a reconstrução de uma situação nunca antes experimentada, a indiferença por parte dos profissionais de saúde e de que forma atestar a presença de lucidez do paciente na elaboração do documento.

A maior parte das pessoas desconhece esse documento. Mesmo assim, atualmente, a busca por informações e publicações tem crescido nos últimos anos.

O papel do médico é fundamental para levantar o tema dentro dos consultórios, saber como abordar um tópico tão delicado e, principalmente, saber auxiliar na elaboração do documento junto ao paciente, que como dito anteriormente, deverá ser revisto com regularidade.

 

Fórum de discussão sobre o tema no endereço eletrônico: www.testamentovital.com.br

O que é o Qi (chi)
O que é o Qi (chi)

O chi é uma energia que se encontra no céu, na terra e em todos os seres vivos. Se conseguimos compreender seu funcionamento e como pode afetar a vida de um modo positivo, seremos capazes de viver uma vida longa e saudável. Existem muitas formas de trabalhar com o chi. O povo chinês pratica a meditação em movimento, que é o Tai-Chi-Chuan e os exercícios de Chi-Kung com o objetivo de melhorar sua saúde e de curar certas doenças.

DOENÇA DE PARKINSON

O tremor de repouso é o primeiro sintoma reconhecido em indivíduos portadores desta doença, pelos próprios indivíduos, seus familiares ou seu médico. São movimentos rítmicos dos dedos das mãos semelhantes ao ato de contar dinheiro ou de rolar moedas. O tremor tende a piorar com o estresse e desaparece durante o sono. É uma doença de longa duração.

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